O alerta foi dado pelo presidente da Confederação Venezuela de Industriais (Conindústria), Adán Celis e ocorre num momento em que as indústrias venezuelanas “estão em sobrevivência”, tentando continuar em funcionamento num país em crise e com investimentos limitados ao mínimo em “manutenção e matéria prima”.
“As indústrias estão funcionamento apenas à volta de 20% da sua capacidade. Estamos em economia de sobrevivência. Desde há anos que não há (novos) investimentos. As estradas do interior do país estão destruídas e há sítios da Venezuela por onde não se pode circular porque estão ‘tomados’ por grupos irregulares”, disse aos jornalistas.
Adán Celis chama a atenção que “há uma grande destruição” na infraestrutura da Venezuela e que “o país real, não é o que se vê em Caracas”, onde as pessoas fazem apenas algumas horas de fila para abastecer-se de gasolina.
“O grande problema de agora é o gasóleo. Normalmente, os industriais têm tanques de reservas de gasóleo para um mês, para os instrumentos fundamentais e processos nas indústrias, mas o que temos em média, é para uma semana e alguns dias. Isso significa que alguns têm apenas combustível para dois ou três dias ou já estão paralisados”, disse.
Segundo o presidente de Conindústria, “a situação é crítica” e afeta também “o transporte, que leva matéria prima para as fábricas e os produtos aos centros de consumo”.