"Queria reforçar essa questão, continuamos a aconselhar a fazerem apenas viagens essenciais. Isso é mesmo muito importante. Esta recomendação para os portugueses fazerem apenas viagens essenciais para o Brasil ou até mesmo para outros países mantém-se", afirmou Berta Nunes.
Em entrevista à Lusa a propósito dos voos de repatriamento de portugueses e brasileiros que se encontram retidos no Brasil ou em Portugal por causa da suspensão das ligações aéreas entre os dois países, medida tomada pelo Governo português para conter a pandemia de covid-19, a secretária de Estado sublinhou que "a situação continua incerta e instável".
"Temos países que hoje estão bem e depois começam a piorar", alertou, e quando isso acontece são tomadas "decisões unilaterais e as pessoas ficam retidas".
Segundo Berta Nunes, no primeiro dos dois voos de repatriamento de portugueses retidos no Brasil realizados até agora, verificou-se que as pessoas viajaram por vários motivos, mas algumas “foram de férias”.
Quanto a um possível levantamento em breve da suspensão das ligações para aquele país, ou seja, a partir de dia 16, data até à qual vigora o despacho que determina a medida, a secretária de Estado considerou que ainda existem “muitos fatores a ponderar”.
“Penso que há aqui alguma incerteza em relação a isso. E tem a ver com vários fatores. Um destes é a variante [do vírus] de Manaus [Brasil], argumento que levou a Inglaterra a colocar-nos na lista vermelha, quando na verdade nós não tivemos muito casos e não temos tido um aumento do número de casos dessa variante”, disse.
“Estamos melhor, é certo, mas não sei qual será a decisão. O Brasil também não está melhor, infelizmente. Há aqui vários fatores a ponderar", sublinhou.
O Governo português anunciou na última quarta-feira, através da Embaixada de Portugal em Brasília, um terceiro voo da TAP para dia 16 para repatriamento de portugueses retidos no Brasil, por causa da suspensão das ligações aéreas para aquele país.
C/Lusa