“Consideramos que a única solução para segurar a empresa e salvaguardar os postos de trabalho, é a nacionalização, sendo que só o senhor primeiro-ministro poderá resolver a situação”, lê-se num comunicado enviado por aquela estrutura aos trabalhadores da empresa de ‘handling’, depois de uma reunião com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.
Na reunião de segunda-feira, Pedro Nuno Santos informou a CT e os sindicatos que representam os trabalhadores da Groundforce de que as ações da Pasogal, que detém 50,1% da empresa, já estão penhoradas, não podendo ser dadas como garantia para receber um adiantamento da TAP de cerca de dois milhões de euros, para pagar os salários aos 2.400 trabalhadores, que já não receberam os ordenados de fevereiro.
Esta informação foi dada por Alfredo Casimiro, dono da Pasogal, ao fim de vários dias de negociações com o Ministério das Infraestruturas, em que concordou ceder as ações como garantia para viabilizar a empresa.
Os órgãos representativos dos trabalhadores ficaram também a saber na reunião que o Governo “não descarta medidas para salvar a continuidade da empresa, mas também não descarta a insolvência” e que, sem a garantia da entrega das ações, não poderá haver injeção de capital.
Neste contexto, a CT decidiu marcar uma nova manifestação, na quarta-feira de manhã, desta vez em frente à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa.
C/Lusa