O treinador do Marítimo, Paulo César Gusmão, salientou hoje a expetativa de um grande jogo no dérbi madeirense de sexta-feira, no reduto do Nacional, que abre a quinta jornada da I Liga portuguesa de futebol.
"Um clássico no campo do nosso adversário, que também precisa da vitória como nós, por isso, tem todos os ingredientes para um grande jogo", adiantou na conferência de imprensa de antevisão da partida no Estádio da Madeira.
Este será o primeiro dérbi madeirense da carreira de Paulo César Gusmão, algo diferente das rivalidades que encontrou no Brasil, mas considera que o respeito é essencial neste tipo de jogo.
"Já trabalhei em várias regiões do meu país, onde a rivalidade também era grande, mas não numa ilha. Vejo a rivalidade entre os adeptos, cada um quer ganhar e quer o melhor para a sua equipa mas vejo também o respeito, que é fundamental para que as duas equipas se respeitem e que isso também possa passar para fora", comentou.
Em relação ao adversário, Gusmão elogiou a exibição dos ‘alvinegros’ diante do Belenenses, apesar da derrota insular (2-1), como uma equipa "rápida, intensa e que trabalha bem em transições rápidas".
Elogios também foram direcionados ao homólogo Manuel Machado, considerando que a "continuidade" do técnico português no Nacional deve-se ao "bom trabalho" que tem feito ao longo dos anos.
O dérbi ocorre num momento delicado para os conjuntos insulares pois o Marítimo soma apenas três pontos enquanto o Nacional ainda não pontuou.
"A pressão faz parte do futebol, ninguém quer perder, as duas equipas vêm de derrotas mas trabalhamos sempre para ganhar", afirmou o treinador brasileiro.
A pressão é alta do lado do Marítimo e Paulo César Gusmão disse que ainda se encontra num período de adaptação, mas garantiu que não foge à responsabilidade.
"Ainda me estou a adaptar, procurando um padrão melhor para que a minha equipa consiga render mais e isso é normal. A responsabilidade do treinador é muito grande e eu nunca fugi à minha responsabilidade mas não me deixo envolver com a pressão", assegurou.
A última vitória ‘verde-rubra’ na Choupana aconteceu em novembro de 2007, por 2-0, graças aos golos de Wênio e Makukula, e o treinador também era brasileiro. "Espero repetir", respondeu Paulo César Gusmão sobre o feito de Sebastião Lazaroni.
O Marítimo, 14.º classificado, com três pontos, defronta o Nacional, último, ainda sem qualquer ponto, sexta-feira, pelas 20:30, no Estádio da Madeira, com arbitragem de Bruno Paixão, da Associação de Futebol de Setúbal.