Segundo a responsável, mesmo com a operação parada, a manutenção de uma unidade hoteleira tem custos elevados.
“Porque não fomos obrigados a encerrar, temos de suportar a TSU [taxa social única] dos trabalhadores”, exemplificou a responsável.
Adicionalmente, a AHP tem dado nota ao Governo de que as linhas de apoio têm de ser continuadas, bem como robustecidas, nomeadamente a de apoio às empresas exportadoras, à qual, segundo Cristina Sai Vieira, a hotelaria “não conseguiu chegar”, porque se esgotou com os pedidos do setor industrial.
“Há medidas necessárias, estamos à espera que elas continuem, tem sido anunciado que assim é, que, de facto, não se vai deixar cair a porta de entrada do turismo em Portugal, que é a hotelaria”, afirmou a presidente executiva da AHP.
Segundo o inquérito hoje divulgado, em 2020, 96% dos associados da AHP aderiram ao ‘lay off’ simplificado, 75% ao apoio à retoma progressiva e 31% à linha de apoio à Covid-19 (dotação de 900 milhões de euros).
Os dados recolhidos demonstraram, ainda, que, das unidades de alojamento encerradas em 2020, 76% não deu outra utilidade ao estabelecimento, “porque não houve procura”, e 17% destinou a sua utilização a profissionais de saúde.
O inquérito foi realizado entre 04 e 28 de fevereiro, pelo Gabinete de Estudos e Estatística da AHP, junto dos empreendimentos turísticos associados e aderentes ao AHP Tourism Monitors, de todas as regiões do país.