O INE e o Banco de Portugal criaram um inquérito rápido e excecional para acompanhamento dos efeitos da pandemia do COVID-19 nas empresas, cuja última edição é referente à semana de 11 a 19 de novembro de 2020.
Neste inquérito ficou a saber se que 85% das empresas da Região planeiam manter ou aumentar os postos de trabalho em 2021 e cerca de 15% tem intenções de reduzir.
Pelo menos 19% das empresas revelaram ser muito provável alterar de forma permanente a sua forma de trabalhar em consequência da pandemia COVID-19.
O uso mais intensivo do teletrabalho foi referido por 19% das empresas como uma alteração muito provável na atual forma de trabalhar.
No que respeita à alteração de forma permanente da relação com os principais clientes/fornecedores, 30% das empresas já reduziu ou vai reduzir os stocks de produtos necessários à atividade e 25% vai redirecionar os mercados-alvo. Apenas 19% das empresas referem já ter alterado ou tencionam alterar as cadeias de fornecimento.
Apenas 10% das empresas tencionam recorrer aos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (Next Generation EU).
Das restantes, 48% consideram que não existe ainda informação disponível suficiente para uma tomada de decisão e 42% das empresas não pretendem concorrer a estes fundos.
72% das empresas manifestam uma preocupação elevada e 22% uma preocupação moderada face a um cenário de agravamento ou prolongamento das medidas de contenção da pandemia. Também um cenário de redução da procura é motivo de preocupação para 93% das empresas.
A evolução adversa da sua situação de liquidez e financeira preocupa elevada ou moderadamente 90% das empresas.
O potencial fim das medidas excecionais de apoio às empresas em 2021 constitui uma preocupação de grau elevado ou moderado para 79% das empresas.
80% das empresas respondentes não prevê o encerramento num cenário de agravamento das medidas de contenção da pandemia e de ausência de medidas adicionais de apoio. Por outro lado, 20% das empresas estimam subsistir, em média, 5,1 meses, se tal cenário de agravamento se verificar.
Num cenário de agravamento das medidas de contenção, uma proporção significativa de empresas considera que seria muito importante estender as medidas de apoio do governo: 63% no caso da suspensão do pagamento de obrigações fiscais e contributivas, 60% no acesso a novos créditos com juros bonificados ou garantias do Estado, 57% no layoff simplificado e 50% no caso da moratória.
Num cenário de controlo efetivo da pandemia em 2021, 30% das empresas consideram que a atividade já voltou ou voltará ao normal num intervalo médio de 10,1 meses.