“Nos hospitais, a atividade assistencial de dezembro de 2020, comparada com 2019, registou uma diminuição nas principais linhas de atividade, designadamente na consulta de especialidade hospitalar. Em dezembro de 2020 havia menos 1,2 milhões de consultas face ao volume de 12,4 milhões de consultas que se tinham realizado em 2019”, afirmou a ministra numa audição na comissão parlamentar de Saúde.
Marta Temido disse que a quebra de atividade foi também extensível às cirurgias, com uma "descida de 126 mil cirurgias face a um volume de 704 mil cirurgias em 2019”, além dos episódios em serviço de urgência hospitalar, no qual se verificaram menos 1,8 milhões em relação aos 6,4 milhões registados no ano anterior.
Paralelamente, Marta Temido admitiu o aumento do número de utentes sem médico de família em 2020, com mais cerca de 105 mil utentes, face à subida do número de inscritos ativos nos cuidados de saúde primários.
“Houve um desequilíbrio assinalável entre o número de aposentações face às entradas de profissionais de medicina geral e familiar”, reconheceu.
Contudo, a ministra da Saúde assinalou a importância do mecanismo de incentivo para a recuperação de cirurgias e primeiras consultas previsto no Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) para o relançamento da atividade assistencial no SNS, independentemente de acordos com outros setores do sistema de saúde.