No domínio da pesca, no ano de 2020 observaram-se quebras face ao ano anterior, tanto na quantidade como no valor de primeira venda.
Assim, a quantidade capturada de pescado decresceu 39,4%, cifrando-se o total anual em 4,9 mil toneladas.
Por sua vez, o valor de primeira venda diminuiu 34,4%, com o acumulado anual a situar-se nos 14,5 milhões de euros.
A evolução verificada em 2020 resultou essencialmente do decréscimo registado na captura de atum e similares (55,0%), embora o peixe-espada preto também tenha observado uma redução (-4,9%).
O atum e similares, não obstante a quebra nas capturas, manteve-se como a espécie mais abundante em 2020, totalizando 2,3 mil toneladas (47,5% do total de pesca descarregada), seguido do peixe-espada preto, que atingiu um total de 2,1 mil toneladas (43,9%) em 2020.
Em termos de receita na primeira venda, o atum e similares registou uma redução de 48,7% face a 2019, totalizando 6,7 milhões de euros, enquanto o peixe-espada preto diminuiu 14,3% para um valor de 6,4 milhões de euros.
Atendendo à série histórica disponível, é de salientar que a quantidade capturada de pescado e o respetivo valor de primeira venda foi o mais baixo dos últimos 6 anos.
Em 2020, o preço médio de pescado apurado na primeira venda – excluindo-se nestes cálculos o pescado descarregado destinado a autoconsumo – cresceu 9,4% para 3,02 euros (2,78 em 2019), atingindo no caso do atum e similares os 3,04 euros (3,37 em 2019) e no do peixe espada-preto os 2,93 euros (2,57 em 2019).
Tendência semelhante foi registada no abate de frango, cujo volume rondou as 3,4 mil toneladas, o que representa um crescimento de 8,9% comparativamente a 2019.
Por sua vez, no ano em referência, o abate de gado totalizou 928,4 toneladas, diminuindo 7,0% face ao ano precedente. Este decréscimo foi observado tanto nos bovinos abatidos (-6,3%), como nos suínos (-15,3%).