Questionado para concretizar quais os meios a que a OM vai recorrer, o bastonário respondeu: “vamos preparar – já o estamos a fazer – todos os mecanismos possíveis para que as regras definidas a nível internacional sejam cumpridas” no país.
Segundo Miguel Guimarães, menos de 10% dos médicos que trabalham fora do Serviço Nacional de Saúde (SNS) receberam a primeira dose da vacina, enquanto no SNS cerca de 30% dos médicos foram vacinados, com a primeira dose ou as duas tomas.
“Estamos bastante preocupados com o que está a acontecer”, salientou o representante dos médicos, que criticou a decisão de vacinar a “classe política de uma forma geral”, apesar de considerar que o Presidente da República e o primeiro-ministro “já deviam ter sido vacinados no primeiro dia”.
“Este anúncio de haver várias prioridades quando a maior parte dos médicos e dos outros profissionais de saúde ainda estão por vacinar é uma situação complexa que gera nos médicos um sentimento de revolta e de indignação”, alertou.
Para presidente do SIM, Jorge Roque da Cunha, o processo de vacinação em Portugal tem tido uma gestão “meramente política”, alegando que “sem profissionais de saúde saudáveis, não há pessoas para combater a pandemia” da covid-19.