Em comunicado, o INE indica que as candidaturas serão recebidas através do ‘site’ ‘censos.ine.pt’ e serão as autarquias a selecionar quem será recenseador para o trabalho que começará em abril.
O INE vai enviar cartas para todos os domicílios a explicar como é que a resposta ao censo poderá ser feita ‘online’.
A operação de recenseamento nacional, que se realiza de dez em dez anos, está este ano sujeita a um plano de contingência que previne “riscos para a população, recenseadores e demais colaboradores”.
Este plano inclui a possibilidade de resposta pela internet ou por telefone através de uma linha dedicada para “grupos da população com maior dificuldade na resposta pela Internet ou impedidos de contacto presencial, nomeadamente por razões de saúde pública”.
Sempre que houver contacto presencial, os recenseadores seguirão um protocolo de saúde pública que define medidas de acordo com as recomendações das autoridades de saúde.
Este ano há alterações nas variáveis sobre as quais incidem as perguntas do censo, com algumas que saem e outras novas.
Nas perguntas sobre a situação individual passa a figurar uma sobre motivo da migração, caso se aplique, e saíram perguntas sobre onde se está a responder ao censo, o nível de ensino que se frequenta, o número de horas que se trabalha ou quantos trabalhadores tem a empresa.
No item da habitação, passa a perguntar-se há quanto tempo se mora no alojamento e se se beneficia de apoio ao arrendamento, saindo perguntas sobre o sistema de abastecimento de água, instalações sanitárias e de banho ou fonte de energia usada para aquecimento.
Saem ainda do formulário várias perguntas sobre o tipo de construção do edifício onde se mora.
As variáveis sobre as quais se fazem as perguntas do CENSOS 2021 estiveram sujeitas a consulta pública e algumas, como sexo, profissão, estado civil, morada, tipo de alojamento, são obrigatórias de acordo com o regulamento europeu para recenseamentos da população.
Para se ser recenseador é preciso ter pelo menos 18 anos e o trabalho não está sujeito a horário, podendo ser feito aos fins de semana. O número de selecionados varia em função da área geográfica.
O pagamento varia em função do número de domicílios que é atribuído a cada recenseador e da rapidez com que conclua o trabalho: “um recenseador com 600 alojamentos atribuídos e que termine o seu trabalho em seis semanas receberá em média 1500 euros”, exemplifica o INE.