Frisando que o país assume esta liderança “num momento decisivo para pôr em marcha, executar, concretizar as decisões históricas” adotadas nos últimos meses ao nível comunitário, António Costa vinca ser “indispensável” que a UE continue a “trabalhar coordenadamente”.
“Só em conjunto venceremos o vírus, restabelecendo a plena liberdade de circulação e todo o potencial do mercado interno, mas também a indispensável solidariedade internacional para a erradicação da pandemia à escala global, seja nas nossas vizinhanças, em África ou na América Latina”, sublinhou.
Desde o final de dezembro está em curso na União Europeia o processo de vacinação com o fármaco da Pfizer/BioNTech e, em meados deste mês, começou também a ser usada a vacina da Moderna.
O processo de vacinação está, contudo, a ser marcado por várias críticas relacionadas com a produção insuficiente para todos os países da UE, o que já levou a atrasos na distribuição, e por aquisições individuais de alguns Estados-membros, como da Alemanha.
Até ao final do mês, a Agência Europeia de Medicamentos deverá dar ‘luz verde’ à vacina da farmacêutica AstraZeneca com a universidade de Oxford contra a Covid-19.
Discursando na assembleia europeia, António Costa considerou ainda a pandemia de Covid-19 como o “maior desafio do pós-guerra” para a UE.
“Em menos de um ano, temos famílias destroçadas com a perda de quase meio milhão de vidas e fomos arrastados para uma crise económica e social devastadora no conjunto dos 27 Estados-membros”, lamentou.
O primeiro-ministro, António Costa, na condição de presidente em exercício do Conselho da UE, debate hoje com o Parlamento Europeu, em Bruxelas, as prioridades da presidência portuguesa para o primeiro semestre do ano.
Menos de uma semana após ter acolhido a visita a Lisboa de uma delegação do colégio da Comissão Europeia, liderada pela presidente Ursula von der Leyen, na passada sexta-feira, e de também já ter recebido o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no lançamento da presidência, no início do mês, Costa completa assim a ronda de discussões institucionais sobre o programa do semestre com o Parlamento Europeu.