O professor da Universidade de Lisboa analisou os novos casos de infeção tendo em conta cinco novos grupos etários, que separam as crianças e jovens pelos diferentes ciclos de ensino que frequentam.
A análise compara o impacto nas crianças dos 0 aos 5 anos (pré-primário), dos 6 aos 12 anos (que frequentam o 1.º e 2.º ciclos), dos 13 aos 17 anos (3.º ciclo e secundário), dos 18 aos 24 anos (o que inclui os estudantes do ensino superior), dos 25 aos 65 anos (população ativa) e o grupo etário das pessoas com mais de 66 anos (população não ativa).
O matemático fez contas com base em dados divulgados no passado fim de semana e concluiu que "se agravaram" os casos de infetados registados entre os jovens em Portugal, contou à Lusa.
Em causa estão os adolescentes entre os 13 e os 17 anos e os jovens entre os 18 e os 24 anos, tendo em conta uma análise matemática semelhante à que é realizada para perceber a evolução da pandemia nos diferentes concelhos.
O professor da Faculdade de Ciências analisou o número de infetados registados nos últimos 14 dias tendo em conta o universo de cada um dos grupos etários em análise.
Como resultado, “os jovens dos 18 aos 24 anos são o grupo com maior incidência de novos casos de covid-19”, disse à Lusa Carlos Antunes.
Por cada 100 mil habitantes com idades entre os 18 e os 24 anos, houve 1.552 novos infetados entre 03 e 17 de janeiro.
C/LUSA