“Neste momento, o controlo da pandemia é evidente”, disse o secretário regional da Saúde e da Proteção Civil numa entrevista por videoconferência à agência Lusa, argumentando que a região tem em internamento pouco mais de 50 doentes com covid-19, seis dos quais na Unidade de Cuidados Intensivos dedicada à doença no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.
Pedro Ramos afirmou que as estruturas de saúde da Madeira estão a conseguir “controlar todos os doentes covid, que estão a ser acompanhados pelas equipas médicas e de enfermagem”, ou seja, a região “tem o ‘staff’ operacional nesse sentido”.
A Madeira tinha na sexta-feira “50 cadeias de transmissão ativas”. Segundo o secretário regional, já existiram “mais de 100, mas 61 foram extintas”.
“Não posso mentir. As perspetivas, porque estamos a apanhar agora com os reflexos da quadra natalícia e, dentro de uma semana, com os do Fim do Ano, são de que haja um aumento do número de casos daqui a 15 dias”, declarou o médico.
A Região Autónoma da Madeira registou nos primeiros sete dias do ano 619 novos casos de covid-19, o que representou até então 26% do total de diagnósticos positivos desde o início da pandemia, segundo uma análise aos dados oficiais.
“Devido a esta situação é que as medidas introduzidas em 04 de janeiro foram alteradas em 07 de janeiro, limitando a circulação de pessoas”, sublinhou.
O executivo madeirense decretou para os fins de semana de 09 e 10 e de 16 e 17 de janeiro um recolher obrigatório que vigora entre as 18:00 e as 05:00, além do encerramento de comércio e restaurantes às 17:00. De semana, o recolher obrigatório tem início às 23:00.
Porém, Pedro Ramos admitiu que “se a evolução da pandemia for para números impossíveis de controlar”, podem ser aplicadas “medidas mais agressivas e mais restritivas”.
C/LUSA