No ano de 2019, as receitas das câmaras municipais por habitante na Região foi de 703 euros (697 euros em 2018), atingindo o valor mais alto no município do Porto Moniz, mais concretamente de 2 464 euros (2 262 euros no ano anterior). No polo oposto encontra-se Santa Cruz, com receitas por habitante de 477 euros (503 euros no ano precedente).
No que diz respeito à dívida por habitante, a média regional das câmaras municipais baixou dos 304 euros em 2018 para 284 euros em 2019. Em termos relativos, as maiores reduções foram registadas em Santana (-73,8%), em Machico (41,4%), em Câmara de Lobos (-23,4%) e em Santa Cruz (-22,7%).
A relação entre as despesas e receitas, que corresponde ao rácio em percentagem entre a primeira e a segunda variáveis, apresenta um valor de 101,8% em 2019, a percentagem mais baixa dos últimos seis anos. No ano em análise, Santana apresentava a relação entre as despesas e receitas mais elevada (132,1%) enquanto Porto Santo (69,6%), Santa Cruz (97,2%), Funchal e São Vicente (99,6%, em ambos municípios) apresentavam receitas inferiores às despesas.
O peso dos impostos no total de receitas também diminuiu entre 2018 e 2019, de 32,9% para 31,7%, respetivamente. Porém, é de assinalar que se têm registado diminuições sucessivas desde o ano de 2015. Para este indicador também são os municípios de maior dimensão que apresentam rácios mais altos, a par do Porto Santo. Assim, no Funchal o peso foi de 41,5% (40,7% em 2018) e em Santa Cruz foi de 39,3% (44,8% no ano anterior). Já o Porto Santo apresenta um aumento em 2019, para 50,0% (42,9% em 2018).
Outro indicador relevante é o das despesas com pessoal no total das despesas, que no ano em análise foi de 35,7% (35,9% em 2018). Em 2019, São Vicente apresentava o rácio inferior (23,4%) e Machico, o superior (44,4%), enquanto em 2018 essas posições eram ocupadas pela Calheta (21,6%) e o Porto Santo (45,6%).
As receitas totais das câmaras municipais da RAM atingiram o valor mais elevado dos últimos nove anos, precisamente no ano de 2019, ascendendo aos 178,7 milhões de euros (+1,0% que no ano anterior). Deste total, 91,0% eram receitas correntes e 9,0% de capital. Em 2019, as receitas de natureza corrente cresceram 2,2% face a 2018, enquanto as de capital diminuíram 10,1%.
No que concerne à despesa, as conclusões são semelhantes. O valor mais alto dos últimos seis anos foi observado em 2019, fixando-se nos 175,6 milhões de euros, 6,7% acima de 2018. A componente de despesas correntes cresceu 5,9% e das despesas de capital aumentou 10,5% face ao ano anterior. As despesas correntes representavam 80,4% do total da despesa, e as despesas de capital 19,6% em 2019.