"Esta nova variante causa grande preocupação, porque é mais contagiosa e parece ter sofrido mais mutações do que a nova variante identificada no Reino Unido", disse o ministro da Saúde, Matt Hancock, anunciando que todos os que estiveram na África do Sul ou esteve em "contacto próximo" com alguém que esteve naquele país nas últimas duas semanas deve “entrar imediatamente em quarentena”.
A decisão foi divulgada numa conferência de imprensa usada para anunciar um alargamento a mais regiões do leste e sudeste de Inglaterra do Nível 4 de restrições nacionais a partir de domingo, nomeadamente Sussex, Oxfordshire, Suffolk, Norfolk, Cambridgeshire, bem como partes de Essex, Surrey e Hampshire.
Uma nova estirpe do SARS-Cov-2, considerada até 70% mais contagiosa, ditou a introdução do Nível 4 de restrições, equivalente a um confinamento, na região de Londres e sudeste de Inglaterra desde domingo.
Comércio não essencial, bares e restaurantes foram obrigados a fechar e as pessoas aconselhadas a ficarem em casa e a limitar o contacto com um elemento apenas de um agregado familiar diferente em espaços públicos ao ar livre.
Hanckock alegou que as medidas de Nível 3 não eram suficientes para controlar a nova variante do vírus identificada no Reino Unido e que está por detrás de um aumento exponencial de casos.
"Simplesmente não podemos ter o tipo de Natal que todos ansiamos. O Natal tem a ver contacto social e é assim que o vírus se desenvolve. Portanto, é importante que todos minimizemos o nosso contacto social o máximo possível neste Natal. Isso ajudará a protegermo-nos a nós mesmos, os nossos entes queridos e o país”, disse.
O Reino Unido registou 691 mortes e 36.804 novos de covid-19 casos na terça-feira, um novo recorde.
Desde o início da pandemia covid-19, o Reino Unido contabilizou oficialmente 68.307 mortes de covid-19, mas o balanço mortal sobe para 79.349 se forem incluídos os casos cuja certidão de óbito inclui a covid-19 como fator contributo, mesmo que a infeção não tenha confirmada por teste.
C/Lusa