O presidente do Governo Regional reconheceu que as restrições aos voos provenientes do Reino Unido são uma “machadada” nas contas da Região. “Havia um conjunto de chegadas que estavam previstas e voos para a passagem do ano e mesmo para o período de Natal, mas estamos numa situação atípica e temos que levar em conta o que são os valores fundamentais, que neste momento é a salvaguarda da saúde pública na Madeira”.
Albuquerque falava no Palácio de São Lourenço, onde foi apresentar cumprimentos de bom Natal ao Representante da República, reconhecendo: “Vamos ter menos 20 e tal mil turistas ingleses que estavam previstos. Será uma queda acentuada, mas neste momento é compreensível, uma vez que esta mutação do vírus tem um grau de transmissibilidade altíssimo. Não podemos correr riscos”, afirmou, ressaltando ainda que Portugal e a União Europeia tomaram uma decisão acertada.
Neste encontro, o chefe do executivo madeirense mais avançou que espera que, em 2021, a Madeira inicie a sua recuperação económica e social. “Para isso, vamos ter que trabalhar numa perspetiva a curto prazo, que é a alavancagem da economia à medida que se for esbatendo a crise sanitária e de saúde pública, e simultaneamente temos que olhar para o médio-longo prazo. No médio prazo, o que será fundamental é começarmos a olhar para as necessidades de financiamento estrutural da Região”, explicou.
“Não podemos continuar como lei das finanças regionais que discrimina a Madeira e é insuficiente para aquilo que são as necessidades letivas”, acrescentou.