Em entrevista à rádio Observador, o Primeiro-Ministro rejeitou que Portugal esteja atrasado em relação a outros países por considerar que o país está "bem a tempo".
"O que é fundamental é no dia em que a vacina esteja disponível tudo esteja montado para que a vacina seja atribuída", defendeu, considerando que "não vale a pena" antecipar "ansiedades quando já há suficientes motivos para estarmos ansiosos".
À agência Lusa, o gabinete de António Costa adiantou que na véspera desta apresentação, na quarta-feira à tarde, o primeiro-ministro recebe na residência oficial, em Lisboa, a equipa que está a elaborar este plano.
Nesta reunião participam ainda, além da equipa coordenadora do plano, os ministros de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, da Saúde, Marta Temido, da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, assim como o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Tiago Antunes.
António Costa assegurou que Portugal começou a trabalhar neste plano praticamente desde o início da pandemia e que fez a encomenda máxima por cada lote a que tinha direito, estando o plano logístico "a ser montado e a ser trabalhado".
"A Agência Europeia do Medicamento o que prevê é vir a licenciar estas vacinas entre final de dezembro e princípio de janeiro, portanto, nós temos de ter as coisas prontas para quando a vacina existir", apontou, transmitindo uma mensagem de tranquilidade quanto a este processo.
De acordo com o primeiro-ministro, a Comissão Europeia ainda não deu uma data.
"Creio que a Agência Europeia do Medicamento fará hoje um comunicado dizendo quais são as datas em que tem previsto fazer as reuniões de aprovação das vacinas e antes disso as vacinas não são válidas, não podem ser distribuídas", disse, sublinhando que "esta vai ser a maior operação de vacinação à escala global que alguma vez a humanidade assistiu e esse esforço tem de ser conjunto e articulado".
Portugal ultrapassou hoje a barreira dos 300 mil casos de covid-19 desde o início da pandemia no país, em março, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Portugal registou hoje mais 2.401 novos casos, tendo passado a contabilizar 300.462 infeções pelo novo coronavírus desde março, refere o boletim epidemiológico da DGS divulgado hoje.
Desde o início da pandemia, morreram 4.577 pessoas, estando, de momento, 75.008 casos ativos no país.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.