Isso significa que o risco de adoecer com Covid-19 foi reduzido em 94,5% entre o grupo de voluntários vacinados e também aqueles que receberam placebo.
Em comunicado, a empresa explica que na terceira fase do ensaio clínico foram identificados 95 casos de doença, sendo que desses apenas cinco tinham recebido a vacina e 90 pertenciam ao grupo que recebem o placebo, em que foram também identificados todos os 11 casos de doença grave.
De acordo com a Moderna, cerca de 9% a 10% das pessoas vacinadas manifestaram efeitos secundários após a segunda dose, como fadiga, rigidez ou vermelhidão no local da injeção.
A terceira fase do ensaio clínico, que arrancou nos Estados Unidos em julho, envolve mais de 30.000 participantes.
“Este é um momento crucial no desenvolvimento da nossa vacina candidata contra a Covid-19”, sublinha o diretor-executivo da Moderna, Stéphane Bancel, explicando que os novos dados positivos constituem “a primeira validação clínica de que a vacina pode proteger contra a Covid-19, incluindo de doença grave”.
Com base nestes dados provisórios sobre a segurança e eficácia da vacina, a empresa norte-americana vai submeter nas próximas semanas um pedido de autorização de uso de emergência à Food and Drug Administration (FDA), a agência federal responsável pelo controlo e supervisão do setor alimentar e farmacêutico, e pretende também candidatar-se a autorizações de agências internacionais.
Até ao final do ano, a Moderna espera ter já disponíveis para distribuição cerca de 20 milhões de doses da vacina mRNA-1273 e mantém o objetivo de produzir entre 500 milhões e mil milhões de doses em 2021.
O anúncio surge uma semana depois de a farmacêutica Pfizer ter anunciado que a sua candidata revelou uma eficácia de 90%, também de acordo com dados provisórios.