O Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, disse esta quinta-feira não ser aconselhável a presença de público nos estádios de futebol da Região, como "imperativo de salvaguarda da saúde pública".
“Neste momento não é aconselhável e é um imperativo de salvaguarda da saúde pública manter os jogos de futebol sem público nos estádios, porque a situação pandémica está a evoluir”, explicou o presidente madeirense em conferência de imprensa, realizada no Funchal, que teve o intuito de divulgar as medidas do Conselho de Governo Regional.
O Marítimo, que recebe no sábado o rival Nacional, em partida da sexta jornada da I Liga, disponibilizou bilhetes para o dérbi madeirense sem uma autorização prévia do Governo Regional.
"O Marítimo tem de cumprir as normas da Direção Regional de Saúde. Como instituição pública e como instituição centenária responsável vai cumprir aquilo que é determinado pela entidade regional de saúde e, obviamente, se os bilhetes foram vendidos vai devolver o dinheiro aos adeptos”, sublinhou Miguel Albuquerque.
Outra medida implementada pelo governo madeirense para os próximos 30 dias está relacionada com os atletas não profissionais que trabalhem na área da saúde, educação e social, que ficam obrigados a aguardar em isolamento numa unidade hoteleira para esse efeito, até à realização do segundo teste.
“Qualquer deslocação de uma equipa da Madeira comporta riscos elevados de contaminação. Todos os atletas vão fazer o já habitual teste à chegada, os que trabalham na área social, serviços de saúde ou na área de educação têm de aguardar em isolamento o segundo teste, realizado entre os quinto e sétimo dias, porque nós não podemos arriscar focos de contágio nestas áreas”, frisou.
Miguel Albuquerque defende que a implementação das novas medidas é para proteger o “mais importante”, a saúde.
“Para nós é muito mais importante a saúde dos madeirenses e dos portosantenses, do que perder o campeonato ou ter uma falta na competição, porque essas são questões que se resolvem rápido, ao contrário da vida e saúde dos nossos concidadãos”, finalizou.