Jean Castex, que falava na Assembleia Nacional, na abertura do debate sobre o confinamento, que foi novamente decretado em França, disse que o Governo tinha antecipado a segunda vaga da epidemia, mas sublinhou: “nenhum país previra que se acelerasse tão repentina e brutalmente”.
"Continuei a pedir vigilância. Alguns que nos dizem hoje que deveríamos ter agido, e mais fortemente, ou que não estávamos a fazer o suficiente, alegaram na época que estávamos a fazer demais", afirmou.
Para a atividade profissional, “a utilização do teletrabalho deve ser o mais massiva possível”, afirmou ainda Jean Castex, especificando que, “no setor privado, todas as funções que podem ser desempanhadas em teletrabalho devem ser realizadas cinco dias por semana".
“Devemos continuar a trabalhar, tanto quanto possível, é claro em condições sanitárias protetoras e, ao mesmo tempo, travando a circulação viral”, porque “o desemprego e a pobreza também podem matar”, continuou.
Serão encerradas empresas de eventos e "setores do cinema e artes cénicas", indicou também.
Mas, de acordo com o porta-voz do governo Gabriel Attal, os parques e jardins públicos, assim como os mercados, devem permanecer abertos.
A França anunciou na quarta-feira um novo confinamento à escala nacional para tentar travar a propagação do novo coronavírus, juntando-se assim à Irlanda e ao País de Gales, os únicos na Europa que avançaram, até à data, com esta medida.
O novo confinamento, que vigorará pelo menos até 01 de dezembro, começará sexta-feira, mas as escolas permanecerão, para já, abertas.
As novas medidas em França preveem o encerramento de bares e restaurantes durante o período do novo confinamento.
A pandemia de covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 44 milhões de casos de infeção em todo o mundo.