Francisco Abreu participou no fim-de-semana passado na edição de 2016 do Rali Vinho Madeira, tendo desempenhado o papel de piloto do Carro 0, o que lhe permitiu participar por dentro na prova de automobilismo mais importante da sua ilha-natal e experimentar, pela primeira vez, as sensações de um carro de ralis.
O Campeão Nacional de Velocidade em título apesar da sua ainda curta carreira, tem vindo a evidenciar-se como um piloto extremamente eclético, tendo já conquistado um pódio no exigente circuito citadino de Pau ao volante de um monolugar, assegurado o mais importante ceptro nacional de pista aos comandos de um sport-protótipo e mostrado ser ao longo de 2016 um importante contendor nos circuitos portugueses com um carro de Turismo.
Agora teve a possibilidade de se estrear no mundo dos ralis, apesar de não ter sido de uma forma competitiva, que correu de uma forma muito positiva, mostrando uma adaptação sólida, tendo ainda podido participar numa prova frente aos seus fãs, amigos e família, o que já não acontecia desde os seus primeiros tempos do karting. “Foi um fim-de-semana fantástico! Pude perceber como funciona um rali do lado dentro e isso é muito importante, dado que me enriqueceu enquanto piloto. Para além disso, pude sentir o apoio de muita gente que me apoia desde o karting e que normalmente não pode deslocar-se aos circuitos onde compito – foi extraordinário sentir o seu carinho e vê-los ao longo dos troços… Foram momentos únicos. Os troços do Rali Vinho Madeira são belíssimos tanto do ponto de vista da pilotagem como do ponto de vista paisagístico – tem cenários de cortar a respiração e a Ilha da Madeira é de facto de uma beleza única. Foi, realmente, uma experiência marcante sob inúmeros aspectos e, uma vez mais, gostaria de agradecer a todos os que me permitiram esta oportunidade”, sublinhou o piloto.
Agora que Francisco Abreu teve a possibilidade de tomar parte no Rali Vinho Madeira, prova que faz parte do seu imaginário desde tenra idade, o seu foco está já na próxima ronda do Campeonato Nacional de Velocidade de Turismo, que tem como cenário Jerez de la Frontera nos próximos dias 11 e 10 de Setembro. “Gostei muito desta experiência, pude perceber as diferenças entre o estilo de pilotagem de pista e o de ralis e conclui que, muito embora exista a pilotagem, são duas disciplinas distintas. Quem sabe se no futuro não poderei participar no rali de forma competitiva, se houver a oportunidade agarrá-la-ei certamente. No entanto, agora estou totalmente concentrado no Campeonato Nacional de Velocidade e na próxima prova. Apesar de alguns contratempos, estamos na luta pelo campeonato e em Jerez vamos trabalhar para recuperarmos alguma da desvantagem que temos actualmente”, concluiu o jovem madeirense de vinte e dois anos.