Com mais de 4.400 novos casos registados hoje, o Reino Unido conta agora 390.358 infeções pelo novo coronavírus e sobe para 41.759 mortes, num dia em que 27 pessoas morreram dentro de um espaço de 28 dias depois de terem testado positivo para a covid-19.
De acordo com os dados avançados na sexta-feira, a direção geral de Saúde de Inglaterra estima que o índice de transmissibilidade efetivo (Rt) se encontre entre 1,1 e 1,4, acima do nível máximo de 1 considerado seguro.
Isto levou ao anúncio de restrições mais apertadas para as regiões de Lancashire, Merseyside e West Yorkshire, no norte de Inglaterra, e partes do centro do país devido ao aumento significativo de casos.
O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, admitiu, na sexta-feira, que o Governo conservador não descarta decretar um segundo confinamento nacional para conter a pandemia covid-19, embora considere esta opção um "último recurso".
"Não quero que isso aconteça", e para evitá-lo é importante que "as pessoas se unam e reconheçam que estamos diante de um desafio sério", afirmou à BBC.
A estação pública noticiou, na sexta-feira, que o Executivo britânico está a avaliar a imposição de novas restrições em toda a Inglaterra na próxima semana, que incluiriam o encerramento de bares e restaurantes, mas mantendo escolas e locais de trabalho continuem abertos, devido ao aumento exponencial de infecções nos últimos dias.
Segundo a BBC, o diretor geral de saúde e o principal assessor científico do governo alertaram, numa reunião na quarta-feira, para o risco de um agravamento da situação epidémica e um número significativo de mortes até o final de outubro se não forem feitas mais intervenções.
O jornal Financial Times adianta que uma hipótese sugerida por cientistas que aconselham o governo é decretar um confinamento mais curto para coincidir com as férias escolares intercalares da última semana de outubro, limitando assim o impacto no ensino.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 953.025 mortos e mais de 30,5 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
C/Lusa