Estas eleições para escolher o sucessor de Rui Rio como líder parlamentar chegaram a estar marcadas para março, mas foram adiadas devido à pandemia de Covid-19 e, depois, para a atual direção concluir a reestruturação administrativa no grupo parlamentar e na sede.
De acordo com a convocatória a que a Lusa teve acesso, a eleição da Comissão Permanente dos Coordenadores e Vice-Coordenadores da Direção do Grupo Parlamentar decorrerá entre as 15:00 e as 18:00 de 17 de setembro, na Assembleia da República, e as listas devem ser apresentadas até às 18:00 do dia 15 de setembro.
Quando as eleições para a direção da bancada estiveram marcadas para 19 de março – Rio tinha assegurado que deixaria o cargo depois do congresso e de concluir uma reorganização interna -, o primeiro vice-presidente do grupo Adão Silva apresentou-se então como o único candidato.
Fonte oficial do PSD confirmou à Lusa que Rui Rio não será recandidato, até porque se pretendesse continuar não haveria necessidade de convocar eleições, uma vez que os mandatos dos líderes parlamentares do PSD são de dois anos e o atual líder foi eleito em novembro de 2020 com 89,9% de votos favoráveis.
Rui Rio tem seis vice-presidentes na direção da bancada (menos um do que teve o seu antecessor, Fernando Negrão): como primeiro ‘vice’ o deputado Adão Silva (Bragança), seguindo-se Carlos Peixoto (Guarda), Luís Leite Ramos (Vila Real), Clara Marques Mendes (Braga), Ricardo Baptista Leite (Lisboa) e Afonso Oliveira (Porto).
Adão Silva e Carlos Peixoto transitaram da anterior direção parlamentar, liderada por Fernando Negrão, enquanto Luís Leite Ramos já tinha sido ‘vice’ sob a presidência de Hugo Soares.
Na lista que chegou a entregar em março, Adão Silva propunha manter os restantes cinco ‘vices’ de Rio e acrescentando apenas como novidade a deputada Catarina Rocha Ferreira.
Nos últimos meses, a direção da bancada alargada registou duas ‘baixas’ com a demissão de Álvaro Almeida das funções de coordenador na Comissão de Saúde e de vice-coordenador na Comissão de Orçamento e Finanças e de Pedro Rodrigues do cargo de coordenador da bancada na Comissão de Trabalho e Segurança Social, este último invocando "falta de confiança" do presidente do partido e do grupo parlamentar, Rui Rio.