Em comunicado, a Federação Internacional de Fabricantes e Associações Farmacêuticas (IFPMA, na sigla em inglês) adianta que 22 farmacêuticas estão envolvidas em 81 ensaios clínicos de medicamentos – novos ou antigos – para a covid-19, como antivirais, anti-inflamatórios, plasma sanguíneo de doentes recuperados e anticorpos monoclonais (anticorpos produzidos em laboratório).
A IFPMA promoveu hoje, a partir da sua sede, em Genebra, na Suíça, uma videoconferência sobre os avanços na terapêutica contra a covid-19, uma doença respiratória causada por um novo vírus que se tornou pandémica, com a participação dos líderes de algumas das maiores multinacionais farmacêuticas, como Pfizer, Roche, Gilead Sciences e MSD.
Segundo a IFPMA, as empresas associadas estão "totalmente comprometidas" em divulgar com "transparência" os resultados dos testes clínicos, "sejam bons ou maus".
Os testes, que decorrem em três a quatro fases, visam comprovar a eficácia e segurança dos medicamentos no tratamento de doentes com covid-19.
O presidente da Federação Internacional de Fabricantes e Associações Farmacêuticas, David Ricks, disse que a indústria farmacêutica "continua empenhada" em garantir que os fármacos serão "disponibilizados e acessíveis a todos os doentes que deles necessitarem".
Para o diretor-geral da IFPMA, Thomas Cueni, "dificilmente haverá uma fórmula mágica para todos contra a covid-19", mas tal não deve servir de "desculpa" para não se aprovar diligentemente "novos tratamentos ou vacinas".
A pandemia da covid-19 já provocou pelo menos 863.679 mortos e infetou mais de 26 milhões de pessoas em 196 países e territórios, de acordo com um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.827 pessoas das 58.633 confirmadas como infetadas, segundo o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A covid-19 é transmitida por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
C/Lusa