“O INAC, cumprindo as diretrizes do Executivo Nacional, para continuar a garantir a segurança do povo venezuelano e a dar o apoio necessário durante a atual contingência perante a pandemia da covid-19, informa a extensão da restrição às operações aéreas no território nacional por 30 dias”, indicou em comunicado, divulgado na quarta-feira em Caracas.
Segundo o INAC, “ficam isentas operações em estado de emergência, voos de carga e de correio, aterragens técnicas, voos humanitários, repatriação ou voos autorizados pelas Nações Unidas e a passagem aérea de voos de carga e comerciais”.
O documento sublinhou que, como medida preventiva para evitar a propagação do novo coronavírus, os passageiros naqueles voos “deverão cumprir a quarentena social coletiva sob estrita supervisão do Estado, assim como submeter-se às avaliações médicas correspondentes”.
“Os voos excetuados deverão contar com uma pré-autorização da autoridade aeronáutica venezuelana, e das autoridades sanitárias e de migração”, salientou.
O INAC adiantou que os “aeroportos de Maiquetía [a norte de Caracas], Maracaibo, Porlamar, Barcelona, Barquisimeto, Valência, Punto Fijo, San António del Táchira, Santo Domingo, Puerto Ordáz, Maturín e Caracas [a sul da capital]” estão fechados aos voos internacionais para prevenir a covid-19.
As autoridades venezuelanas registaram 27.938 casos da doença e 238 mortes, tendo sido dadas como recuperadas 19.706 doentes.
A Venezuela está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 743 mil mortos e infetou mais de 20,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
C/Lusa