A Madeira dispõe de aproximadamente mil pontos de amarração para embarcações de recreio, um número que representa apenas 8% do total nacional e remete para a necessidade de investir mais no sector, revela um estudo hoje apresentado no Funchal.
"Será necessário criar mais pontos de amarração dentro da lógica de crescimento da economia do mar", afirmou Miguel Marques, da empresa PricewaterhouseCoopers (PwC), responsável pelo documento "Náutica de Recreio em Portugal – Uma Perspetiva da Procura".
O responsável sublinhou, no entanto, que "aumentar o número de pontos de amarração não significa necessariamente construir mais marinas", mas, sobretudo, reestruturar as que existem.
Num total de 12.900 pontos de amarração espalhados pelo país, a Região Autónoma da Madeira aparece muito atrás do Algarve (29%), do Centro (25%) e dos Açores (15%).
Miguel Marques explicou que as embarcações de recreio que atracam nas quatro marinas do arquipélago (Funchal, Quinta do Lorde, Calheta e Porto Santo) são oriundas, na maioria, de França, Reino Unido e Portugal, pelo que aconselha a realização de mais iniciativas de promoção nestes mercados.
O estudo da PwC indica, por outro lado, que as seis maiores marinas de Portugal geram um rendimento médio anual superior a três milhões de euros.