Numa recente visita às instalações do Jardim Botânico da Madeira, o PCP diz em conferência de imprensa que não estão a ser garantidas as condições necessárias aos seus trabalhadores para o bom desempenho das suas tarefas; o partido dá como exemplo a falta de equipamentos de trabalho, como vestuário que os diferencie dos visitantes, galochas para as actividades de rega, calçado protector para outros trabalhos que impliquem o manuseamento de ferramentas de corte ou operações de transporte e acomodação de volumes pesados. O PCP prossegue nas críticas e alerta que também os materiais de trabalho não estão em condições, afirmando que os trabalhadores, para poderem conseguir regar as plantas e os jardins, têm que praticamente “enxertar” mangueiras umas nas outras.
Uma outra situação apontada foi o facto de algumas zonas do Jardim Botânico apresentarem um elevado grau de degradação.
O partido acredita ser necessário apurar a forma de gestão do Jardim Botânico, e as condições da sua conservação e preservação: “Parece inconcebível que uma infraestrutura como o Jardim Botânico da Madeira, que arrecada volumosas receitas de bilheteira, dado que, anualmente, recebe cerca de 350 mil visitantes, pagando cada um deles, em média, cinco euros de entrada, não consiga garantir a resolução dos problemas acima referidos, resolução essa que, a acontecer, só viria a melhorar as condições de trabalho e, consequentemente, de preservação e manutenção do Jardim Botânico”.
O PCP vai requerer, através do Grupo Parlamentar na Assembleia Legislativa da Madeira, a realização de uma Audição Parlamentar para confrontar os responsáveis pela tutela e pela direcção do Jardim Botânico com as questões apontadas, nomeadamente no que respeita à situação da manutenção e conservação do Jardim Botânico da Madeira, e às condições laborais e problemas que afectam a bom desempenho das actividades dos trabalhadores que ali prestam serviço.