Em junho, o consumo de energia elétrica recuou 7,4%, "ou 8,8% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis", com alguma recuperação em relação a abril e maio, quando "o consumo recuou, respetivamente, 12% e 13,2%", refere a informação.
"O primeiro semestre registou uma variação negativa de 5,1%, ou 5,2% com correção de temperatura e dias úteis. O consumo de energia elétrica no primeiro semestre de 2020 foi, de resto, o mais baixo desde 2004", salienta.
Em junho, a produção renovável abasteceu 49% do consumo nacional, a produção não renovável 37%, enquanto os restantes 14% foram abastecidos com energia importada.
De acordo com a REN, o índice de produtibilidade hidroelétrica naquele mês situou-se em 0,78 (média histórica igual a 1), enquanto a produtibilidade eólica, mais favorável, se situou em 1,04 (média histórica igual a 1).
No primeiro semestre, o índice de produtibilidade hidroelétrica ficou ligeiramente abaixo do valor médio, com 0,96 (média histórica igual a 1), enquanto o de produtibilidade eólica foi mais desfavorável, com 0,86 (média histórica igual a 1).
No mesmo período, a produção renovável abasteceu 65% do consumo, repartida pela hidroelétrica, com 31%, eólica, com 24%, biomassa, com 7%, e fotovoltaica, com 2,5%, enquanto a produção não renovável abasteceu 29%, destacando-se o gás natural, "já que a produção através de carvão não teve significado", refere a REN.
O saldo de trocas com o estrangeiro foi importador e é equivalente a cerca de 6% do consumo nacional.
Quanto ao gás natural, no final do semestre, o consumo registou uma redução de 5,4%, com o segmento convencional a contrair-se 9,4%, apesar de o segmento de produção de energia elétrica ter apresentado um crescimento de 4,9%.
Em junho, o consumo de gás natural recuou 18,7%, "resultado de uma variação negativa de 13,5% no segmento convencional e de 25,4% no segmento de produção de energia elétrica", aponta a REN, explicando que, tal como na eletricidade, se verificou "algum alívio na tendência de redução dos consumos que se vinha observando nos meses de abril e maio".
C/Lusa