“A extensão do lay-off é inevitável e continuamos a trabalhar com todo o empenho e a lutar pelo restabelecimento da confiança que só será possível quando os países, de forma concertada, terminarem os períodos de quarentena”, referiu o diretor-executivo, Paulo Neto, citado em comunicado.
De acordo com empresa, que aderiu ao lay-off em 03 de abril, as medidas vigoram a partir de 02 de junho, por um período de 29 dias.
“Temos pela frente um mês de grande quebra na atividade e um longo período de recuperação até que seja reestabelecido o volume de passageiros e movimento verificados antes do surto de Covid-19”, salientou Paulo Neto, ressalvando que o prolongamento do lay-off serve para proteger os “trabalhadores e a sustentabilidade da empresa”.
No comunicado, a Groundforce Portugal alertou que, durante o mês junho, estão previstos mais movimentos do que em março e abril, mas, contudo, “muito abaixo do que seria expectável, perfazendo um total de 1350 movimentos”, traduzindo-se numa receita inferior a 600 mil euros, quando o estimado seria 14.172.000 euros.
Tendo já informado os funcionários sobre a tomada de posição, a empresa vai colocar 2.316 trabalhadores (82,6% do total) em suspensão temporária da prestação de trabalho ao abrigo do lay-off simplificado recebendo todos, sem exceção, 2/3 das remunerações fixas mensais.
Segundo a Groundforce Portugal, 401 trabalhadores (14,3% do total) encontram-se nas operações em cada aeroporto, ao serviço, fora do lay-off e sem qualquer redução de salário, enquanto, 86 pessoas (3,1% do total), das áreas de suporte e chefias operacionais, ficarão em 20% de redução do período normal de trabalho.
A entidade adianta que os diretores terão uma redução de 20% no período normal de trabalho e os administradores-executivos propuseram, voluntariamente, uma redução de 30 % da sua remuneração.
“Nesta nova extensão de lay-off, a Groundforce coloca ao serviço mais 95 colaboradores comparativamente com o mês anterior e com perspetiva de um aumento de mais 88 que poderão ser chamados ao serviço durante o mês de junho, consoante a abertura de novas rotas”, pode ler-se no comunicado.
De acordo com a empresa, 60% dos trabalhadores selecionados para estarem a trabalhar em junho estiveram com suspensão temporária da prestação de serviço em maio.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 366 mil mortos e infetou mais de 6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,4 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.396 pessoas das 32.203 confirmadas como infetadas, e há 19.186 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
C/Lusa