Numa mensagem, a propósito do Dia Mundial da Língua Portuguesa, que hoje se assinala, Marcelo Rebelo de Sousa sustentou que a força da “nossa língua comum” é feita do “génio de angolanos, brasileiros, cabo-verdianos, guineenses, moçambicanos, são-tomenses e portugueses, falando há séculos em casa e nas diásporas”.
O chefe de Estado português evocou, neste contexto, grandes nomes das letras da lusofonia, de Camões (Portugal) a Craveirinha (Moçambique), de Jorge Amado (Brasil) a Helder Proença (Guiné-Bissau), de Pepetela (Angola) a Germano Almeida (Cabo Verde), de Fernando Silvan (Timor-Leste) a Alda Espírito Santo (São Tomé e Príncipe).
Marcelo Rebelo de Sousa foi uma das personalidades lusófonas que participou na cerimónia ‘online’ que hoje assinalou o primeiro Dia Mundial da Língua Portuguesa, juntando mais de duas dezenas de personalidades lusófonas da política, letras, música ou desporto.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) oficializou a data no ano passado, mas desde 2009, que era comemorado, a 05 de maio, o Dia da Língua e da Cultura Portuguesa, instituído pela CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
O chefe de Estado português sublinhou também o potencial de futuro da língua portuguesa, bem como a sua diversidade e dispersão geográfica.
“O génio de ser uma língua de futuro, viva, diversa na unidade, que muda no tempo e no espaço, continuando a ser a mesma no essencial”, disse.
Na mensagem, Marcelo Rebelo de Sousa enviou ainda “um abraço muito forte” e “em português” a todos os lusófonos num tempo em que é preciso união “perante um vírus, um inimigo comum”, numa alusão à pandemia da Covid-19.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) declarou, em novembro do ano passado, 05 de maio como Dia Mundial da Língua Portuguesa, mediante proposta de todos os países lusófonos apoiada por mais 24 Estados, incluindo países como a Argentina, Chile, Geórgia, Luxemburgo ou Uruguai.
O português é falado por mais de 260 milhões de pessoas nos cinco continentes, ou seja, 3,7% da população mundial.
É língua oficial dos nove países-membros da CPLP (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) e Macau, bem como língua de trabalho ou oficial de um conjunto de organizações internacionais como a União Europeia, União Africana ou o Mercosul.
C/Lusa