“O desporto vai ter que sofrer um processo de readaptação ao momento. Creio que o mundo do futebol, possivelmente, irá ditar uma série de consequências, positivas ou negativas, para o resto das modalidades. Nenhuma outra modalidade terá a ousadia de recomeçar antes do futebol”, disse, em declarações no programa Marítimo na TSF.
Paulo Fidalgo salientou que o futebol é o “barómetro económico e, sobretudo, social” do desporto nacional e que o “grande paradigma” em Portugal é saber quando irá recomeçar a I Liga. No que diz respeito ao reatamento do campeonato de andebol, o técnico acredita num entendimento entre federação e clubes.
“A Federação [Portuguesa de Andebol] está a ser muito ponderada nas suas medidas e a avaliar o que vai acontecendo nas outras modalidades. Parece-me que os clubes têm muito mais tendência para que a prova termine. Confio nos órgãos federativos e também no bom senso dos clubes para se chegar a um bom porto”, disse.
Sob a premissa de que o desporto “faz falta” à sociedade, Paulo Fidalgo espera que continue a existir “esforço” e “suporte” por parte dos governantes para “manter a chama” dos projetos e, como “grande exemplo”, Paulo Fidalgo falou no presidente do Madeira SAD, Carlos Pereira.
“Creio que, a nível da nossa liderança, nós estamos bem preparados para ultrapassar esta fase e acredito muito na força do nosso presidente, no sentido de manter o Madeira SAD num bom regime”, elogiou.
O treinador do emblema insular, com o resto da equipa técnica, elaborou uma lista de exercícios e recomendações para os atletas, com quem comunica regularmente, embora considere que o aspeto físico não seja o mais importante neste momento de isolamento social.
“Acima de tudo, neste momento, o desafio é a estrutura mental estar preparada para o dia a dia e para podermos nos fortalecer, porque é impossível ter um corpo saudável sem uma mente saudável”, reforçou, destacando uma “valorização positiva” dia a dia.
Portugal contabiliza 854 mortos associados à Covid-19 em 22.797 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
O país cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o Governo anunciou hoje a proibição de deslocações entre concelhos no fim de semana prolongado de 01 a 03 de maio.
A nível global, regista-se mais de 200 mil mortos e mais de 2,7 milhões de pessoas infetadas em 193 países e territórios. Mais de 720 mil doentes foram considerados curados.
C/Lusa