"Foram criadas cinco zonas para a implantação de projetos e três estão atualmente a funcionar", esclareceu o governante, em declarações aos jornalistas, à margem da reunião do Conselho do Governo Regional, no Funchal.
Teófilo Cunha sublinhou que o Plano de Ordenamento para a Aquacultura Marinha da Região Autónoma (POAMAR), aprovado na anterior legislatura (2015-2019), vai orientar também o atual executivo, de coligação PSD/CDS-PP, que "mantém a decisão de continuar a apostar" no setor.
As câmaras municipais da Ponta do Sol, liderada pelo PS, e da Calheta, governada pelo PSD, ambas na zona oeste da ilha, têm manifestado, contudo, reservas quando à instalação de jaulas para a produção de peixe na frente mar dos concelhos, advertindo para o impacto visual e a poluição das águas.
Das cinco zonas criadas no âmbito do POAMAR, as duas ainda sem atividade situam-se precisamente entre os municípios da Ponta do Sol e da Calheta, sendo que existe já um projeto aprovado para o primeiro concelho.
Teófilo Cunha afirmou que o processo foi "transparente", lembrando que o Plano de Ordenamento para a Aquacultura Marinha foi submetido a discussão pública antes de ser aprovado.
"A aquacultura é uma forma segura de produzir peixe e de proteger o meio marinho", realçou, indicando que cerca de 60% do peixe consumido ao nível mundial é produzido desse modo.
O governante disse ainda que Portugal importa anualmente 18 mil toneladas de peixe proveniente de aquacultura, no valor de 90 milhões de euros, sublinhando que a Madeira "não pode perder um recurso económico como este".
As cinco áreas para a produção de peixe situam-se na costa sul da ilha, nomeadamente nos concelhos de Machico, Ribeira Brava, Ponta do Sol e Calheta.
C/Lusa