“Foi hoje confirmada, através da respetiva inscrição, a participação de 30 delegados do PSD/Madeira no 38.º congresso nacional do partido”, lê-se na informação divulgada na região.
No mesmo documento, a estrutura social-democrata insular salienta que esta “presença foi desde a primeira hora assumida pelo PSD/Madeira e que se concretiza, agora, em concertação com a direção nacional”.
A delegação do PSD/Madeira integra o líder regional do partido e presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, o secretário-geral, José Prada, e os três deputados eleitos pela região na Assembleia da República, Sérgio Marques, Sara Madruga da Costa e Paulo Neves.
Da delegação fazem também parte, entre outros, o líder parlamentar do PSD na Assembleia Legislativa da Madeira, Jaime Filipe Ramos, e João Cunha e Silva, Guilherme Silva, Pedro Coelho, Amílcar Gonçalves e Rui Coelho.
“Os delegados irão representar, desta forma, a região naquela que é a reunião magna do PSD e que, neste caso, irá consagrar a posse do reeleito presidente da Comissão Política nacional do PSD, Rui Rio”, adianta.
Rui Rio teve como mandatário na Região Autónoma na Madeira o ex-líder e ex-presidente do executivo madeirense, Alberto João Jardim, que também deverá estar presente no congresso nacional.
O comunicado do PSD/Madeira salienta que “a união e a mobilização dos militantes social-democratas são, neste momento, essenciais para que o partido enfrente, com sucesso, os próximos desafios que tem pela frente e, particularmente, as eleições autárquicas de 2021, sendo, aliás, esta a visão estratégica que norteia a representação regional neste congresso”.
As últimas eleições internas do PSD nacional ficaram marcadas pela polémica em torno da anulação dos votos dos militantes da Madeira.
Em 11 de janeiro, na primeira volta, na Madeira, votaram 1.712 militantes, tendo Miguel Pinto Luz obtido 863 votos, enquanto Rui Rio reuniu 544 e Luís Montenegro 275. Desta votação resultou ainda nove votos brancos e 21 nulos.
Contudo, o Conselho de Jurisdição anulou estes votos, visto que não cumpriam o regulamento aprovado no Conselho Nacional, em novembro de 2019, relacionado com o modo de pagamento das quotas, indicando que só poderiam ser feitas por multibanco (através de referência aleatória), cheque, vale postal (apenas autorizado para militantes com 60 anos ou mais), débito direto, cartão de crédito ou MB Way.
A maioria dos militantes na Madeira paga as quotas diretamente na sede e apenas 104 cumpriam os requisitos do novo regulamento.
Os dirigentes regionais manifestaram-se contra esta situação, argumentando que esta era uma prática utilizada há cerca de 40 anos na região e violava a “autonomia estatutária” do PSD/Madeira.
Uma semana depois, as sedes do PSD/Madeira estiveram encerradas, o que impossibilitou a participação dos militantes da região na segunda volta das eleições, entre Rui Rio e Luís Montenegro, com o líder regional do partido, Miguel Albuquerque, a considerar que seria “uma humilhação” serem anulados os votos da Madeira pela segunda vez.
C/Lusa