"A União é a favor do aumento do salário mínimo, mas não é a favor da percentagem que foi aprovada porque achamos que o valor proposto é insuficiente", afirmou Adolfo Freitas em conferência de imprensa.
O sindicalista explicou que, na reunião da comissão de concertação social madeirense que ocorreu na sexta-feira, foi acertado o valor de 650,88 euros sugerido pelo governo regional da Madeira, numa altura em que a proposta enviada pela USAM era já de um aumento de 7,5%.
"Aqui, o governo propôs um aumento de 2,5% para 2020 fixando, desta forma, o salário mínimo regional nos 650 euros", sendo que o que a USAM propunha no documento enviado ao governo era de 7,5%.
"A USAM apresentou uma proposta que fez chegar ao governo em que definia para, em curto prazo, se estabelecer um calendário para atingir a proposta apresentada e discutida já a nível nacional pela CGTP dos 850 euros", disse.
Adolfo Freitas disse que foi ainda sugerido que, enquanto tal não fosse possível, a região tivesse um acréscimo do salário mínimo já que "é prática todos os anos haver um acréscimo da proposta do governo [da República] e que este "fosse um aumento de 7,5% sobre o salário mínimo nacional".
Recordou que a proposta da USAM, sendo a mesma da CGTP, deveria ser para todos os trabalhadores que estejam acima do salário mínimo e que, através de contratação coletiva, deveriam ter "um aumento do salário de 90 euros mensais".
O valor pedido representa "três euros por dia" o que considerou possível de ser pago pelos patrões.
Reivindicou ainda um horário de trabalho de 35 horas para todos os trabalhadores, sejam públicos ou privados, além dos 25 dias de férias de forma igual para todos.
C/Lusa