O transporte de passageiros por metropolitano foi o que mais cresceu (12,0%) no terceiro trimestre, acelerando face ao período homólogo, enquanto o movimento nos aeroportos abrandou para 6,6% e o transporte fluvial para 2,4%, segundo o INE.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulgados referem que, de julho a setembro, os passageiros transportados por metropolitano somaram 64,6 milhões, aumentando 12,0% face ao mesmo período de 2018 (+8,5% no segundo trimestre), enquanto o movimento nos aeroportos subiu 6,6% para 18,8 milhões (+7,8% no segundo trimestre) e o transporte fluvial de passageiros progrediu 2,4%, após ter crescido 8,3% no trimestre anterior.
Já na movimentação de mercadorias, com exceção do transporte aéreo (que aumentou 17,4%, após +9,1% no segundo trimestre), verificaram-se reduções nos vários modos de transporte: -12,9% nos portos marítimos nacionais (-9,2% de abril a junho), -15,9% por ferrovia (-16,2% no trimestre anterior) e -5,8% por via rodoviária (-3,5% no trimestre precedente).
De julho a setembro aterraram nos aeroportos nacionais 68,9 mil aeronaves em voos comerciais, o que representa uma variação homóloga de +2,5% (+3,5% no segundo trimestre), com acréscimos no continente e na Região Autónoma dos Açores (+2,4% e +5,2%, respetivamente), enquanto a Região Autónoma da Madeira registou uma diminuição de 1,9%.
O aeroporto de Lisboa movimentou 9,2 milhões de passageiros (49,0% do movimento total), num aumento homólogo de 7,7% (+8,5% no segundo trimestre), enquanto o aeroporto do Porto correspondeu a 20,8% do total nacional e voltou a registar “o maior crescimento”, ao progredir 11,4% (+10,4% no trimestre anterior) para 3,9 milhões de passageiros.
O movimento de passageiros em Faro ascendeu a 3,5 milhões (18,5% do total), tendo voltado a abrandar o crescimento homólogo para 2,1% face aos 5,0% do trimestre precedente.
No aeroporto de Ponta Delgada registou-se um crescimento de 5,6% (+8,9% no segundo trimestre) e no aeroporto do Funchal assistiu-se a uma diminuição do movimento de passageiros no terceiro trimestre (-0,5%, +0,7% no trimestre anterior).
No modo ferroviário, foram 47,4 milhões os passageiros transportados de julho a setembro, sendo que 89,9% do total (42,6 milhões) correspondeu a tráfego suburbano, refletindo já o novo sistema de passes nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa.
O transporte em tráfego interurbano envolveu 4,7 milhões de passageiros (+5,7% depois de +4,2% no segundo trimestre), registando-se ainda 73,9 mil passageiros em tráfego internacional (-0,3%, após +4,1% no trimestre anterior).
No terceiro trimestre o transporte por metropolitano manteve o “andamento positivo” que se verifica desde 2014, com 43,6 milhões do total de 64,6 milhões de passageiros transportados a viajarem no Metro de Lisboa (+8,2%), 17,0 milhões no Metro do Porto (+17,5%) e 3,9 milhões no Metro Sul do Tejo (+38,4%), numa evolução impulsionada pelo novo sistema tarifário de passes.
Também o transporte fluvial de passageiros continuou a aumentar, com 7,1 milhões e um aumento homólogo de 2,4% de julho a setembro (+8,3% no segundo trimestre), representando o transporte de passageiros no rio Tejo 67,9% do total (+12,1% após +7,9% no trimestre anterior).
No que se refere ao transporte de mercadorias, no terceiro trimestre apenas os movimentos por via aérea registaram uma evolução positiva, como um total de 53,1 mil toneladas (+17,4%, +9,1% no trimestre anterior).
Já nos portos marítimos nacionais as mercadorias movimentadas totalizaram 20,6 milhões de toneladas, recuando 2,9% (-9,2% no trimestre precedente), e no transporte ferroviário de mercadorias o INE aponta uma ligeira desaceleração das toneladas transportadas, que mantiveram uma variação homóloga negativa (-15,9% face a -16,2% no segundo trimestre).
Quanto ao transporte rodoviário de mercadorias, registou uma redução “mais acentuada” no terceiro trimestre face ao trimestre homólogo (-5,8%, -3,5% no segundo trimestre) e atingiu 35,9 milhões de toneladas.
O transporte internacional sofreu uma redução “mais ligeira do que no trimestre anterior” (-14,1%, -19,8% no segundo trimestre), enquanto o transporte nacional registou “um decréscimo mais acentuado” (-4,4%, -0,1% no trimestre anterior).
C/Lusa