Pedro Ramos falava na Assembleia Legislativa, durante a discussão do Programa de Governo 2019-2023, que decorre até quarta-feira.
Este programa resulta das eleições legislativas regionais de 22 de setembro, nas quais, pela primeira vez em 43 anos, o PSD não teve maioria, pelo que foi constituído um governo de coligação com o CDS-PP.
"Os próximos quatro anos serão de consolidação do Serviço Regional de Saúde e de preparação para o novo hospital", sublinhou o governante, responsável também pela pasta da Proteção Civil.
Pedro Ramos realçou que o investimento "será uma realidade", porque a saúde é "um direito humano" e de "cidadania".
"Por isso, o acesso aos cuidados de saúde primários e saúde mental, ao tratamento de doenças como a hepatite e a sida, o acesso aos medicamentos e a inovação serão sempre realidades aqui na Região Autónoma da Madeira", prometeu.
O governante adiantou que haverá uma abordagem diferente das listas de espera, com medidas que envolverão o Serviço Regional de Saúde e o setor privado; a resolução das altas problemáticas através do aumento do número de camas e recurso a outras entidades sociais; e a manutenção das relações com as ordens e os sindicatos.
Entre as medidas previstas foram também indicadas a criação de condições "vantajosas" para a fixação de novos profissionais na região; a alteração do esquema da convenção com a Ordem dos Médicos; e a criação de um observatório regional para acompanhar e monitorizar o funcionamento do Serviço Regional de Saúde.
Apostar na área da investigação, articular a saúde com o poder local, consolidar a política do medicamento regional, controlar a despesa e incentivar os genéricos são outras medidas propostas pelo Governo Regional.
São ainda objetivos do executivo, por exemplo, concretizar a Carta de Equipamentos, criar uma base de dados regional de apoio à área da saúde, articular o serviço de saúde com a Universidade da Madeira, alterar os Estatutos do Serviço Regional de Saúde e melhorar o serviço prestado no Porto Santo.
O secretário regional referiu ainda que, até ao final do mandato, o governo espera ter a cobertura em 100% do médico de família, mencionando que presentemente existem 150 clínicos nesta área. São precisos mais 30 para alcançar o seu objetivo.
Na semana passada, o presidente do executivo do arquipélago, Miguel Albuquerque, falou do há muito reivindicado novo hospital do Funchal, referindo que está a “terminar a fase de pré-seleção” dos candidatos construtores e assegurando que a Madeira “já tem a quota-parte para pagar a obra e os equipamentos”.
A obra representa, no total, um investimento na ordem dos 330 milhões de euros, incluindo comparticipação do Estado.