O projeto começou a desenhar-se na noite das eleições regionais, em 22 de setembro, depois do PSD/Madeira, liderado por Miguel Albuquerque, ter perdido pela primeira vez a maioria absoluta que o partido sempre deteve na região, ao eleger 21 dos 47 deputados que compõem a Assembleia da Madeira.
Nessa noite, Miguel Albuquerque fez o “convite” ao CDS/Madeira, que viu o seu grupo parlamentar ficar reduzido de sete para três deputados, para uma coligação governativa que permitisse a “estabilidade” para continuar à frente do executivo insular e garantir uma maioria parlamentar.
Os dois partidos começaram a trabalhar no acordo programático para viabilizar este projeto.
O líder do CDS/Madeira, Rui Barreto, admitiu que “houve avanços e recuos”, mas que “imperou o bom senso”, apontando que o grupo de trabalho conseguiu “colocar os interesses da Madeira acima dos partidários e pessoais”.
Na segunda-feira à noite as comissões políticas e os conselhos regionais aprovaram por unanimidade o acordo.
Rui Barreto adiantou que o CDS/Madeira vai titular duas das secretarias do XIII Governo Regional e que terá “um lugar de relevo” na Assembleia da Madeira, defendendo que cabe a Miguel Albuquerque anunciar as pastas e os nomes.
Tanto o presidente do CDS/Madeira, como o vice-presidente do Governo Regional da Madeira, Pedro Calado, afirmaram, após as reuniões dos órgãos dos respetivos partidos que “estão reunidas as condições” para um novo Governo Regional exercer funções até 2023 “com estabilidade”.
C/Lusa