"O nosso desafio tem sido sempre o de adequar, antecipar, sempre que possível, situações que nem sempre dependem de nós […], mas para as quais temos de estar preparados", afirmou, no terceiro congresso internacional de turismo da Associação de Investigação Científica do Atlântico (AICA), no Funchal.
Paula Cabaço sublinhou que, só nos últimos dois anos, a Madeira enfrentou a falência de sete companhias aéreas que voavam para a região, além de se ter confrontado com o reaparecimento dos mercados da bacia do Mediterrâneo, que competem com a região "a preços muito mais baixos".
Ainda assim, na sua opinião, estas condições adversas foram contornadas.
"É falar de um setor que ao longo do tempo soube ajustar-se, reinventar-se, para continuar a corresponder às necessidades e expectativas dos turistas", afirmou.
Paula Cabaço considerou, no Dia Mundial do Turismo, que turisticamente a Madeira tem "marca própria".
"Fizemos um percurso inegável. Conquistámos o nosso espaço enquanto destino e o que temos hoje é visível aos olhos de todos: eventos renovados, prolongados, descentralizados, bem como uma oferta de alojamento claramente qualificada", disse.
Numa altura em que a Madeira enfrenta a falência do operador inglês Thomas Cook, a governante referiu que a estratégia para a região "é clara", dado estar fundamentada tanto no plano estratégico para o setor quanto no plano de ordenamento turístico, e considerou que a promoção está "mais eficaz, concentrada, articulada e mais intensa naqueles que são os mercados estratégicos do destino".
O presidente da AICA, José Lemos, deixou a ideia de que o Funchal poderia ser candidato a Património Mundial da Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, como fator de desenvolvimento e de atratividade de mais turismo cultural.
C/ LUSA