Num comunicado hoje divulgado, o gabinete do ministro do Ambiente e da Transição Energética sublinha que, “com mais de 2.110 espécies, algumas exclusivas da ilha, ecossistemas, paisagens naturais e construídas, consideradas únicas, a candidatura enquadra-se nas orientações do Programa Man and the Biosphere (MaB) da Unesco, ao qual Portugal está associado desde 1981”.
A proposta de candidatura do Porto Santo a Reserva da Biosfera da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, foi aprovada pelo Conselho do Governo Regional da Madeira, em 25 de julho passado.
Segundo a nota, Portugal contribui atualmente com um total de 11 Reservas da Biosfera (seis no continente, quatro nos Açores e uma na Madeira) três das quais estão localizadas em zonas transfronteiriças: Gerês/Xurês, Meseta Ibérica e Tejo Internacional.
A aprovação da candidatura do Porto Santo representará, de acordo com a tutela, “o reconhecimento da expressão e do trabalho das Reservas da Biosfera portuguesas na Rede Mundial das Reservas da Biosfera da Unesco”.
De acordo com o Governo Regional da Madeira, a candidatura fundamenta-se "nas características muito peculiares da ilha, possuidora de ecossistemas bem preservados e detentores de espécies de excecional interesse para a conservação da natureza e da biodiversidade, sendo reconhecida pela diversidade e beleza das suas paisagens naturais e humanizadas”.
Destacam-se, acrescenta o executivo, “a imensidão da sua praia, a sua ruralidade e o seu povo".
Para o governo, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, a candidatura visa afirmar a "ilha atlântica como um território diferenciado e pioneiro no âmbito da sustentabilidade, com uma estratégia concertada de harmonização entre o desenvolvimento local e o respeito pela conservação da natureza e valorização do seu património e das suas gentes, contribuindo para a sua promoção económica e social".
C/ LUSA