"Neste momento, em que a Madeira, a autonomia da Madeira, está mais uma vez sob o fogo do centralismo lisboeta, nós estamos aqui para dizer que o centralismo não passará, António Costa sofrerá a segunda derrota no dia 22 de setembro [a primeira foi nas eleições europeias] na Madeira", declarou.
Miguel Albuquerque falava no tradicional comício de verão do PSD, na ilha do Porto Santo, que assinala a reentrada política e este ano marca também o início da campanha eleitoral do partido para as eleições regionais.
"O [António] Costa pode esperar sentado, porque mais uma vez comunistas e socialistas serão derrotados em 22 [de setembro], porque o povo quer manter a sua liberdade e a sua autonomia da Madeira", disse, falando perante algumas centenas de pessoas que se concentraram no Largo do Pelourinho, no centro da cidade Vila Baleira.
O líder social-democrata pediu ao eleitorado a maioria para formar outra vez um "governo com rumo certo", lembrando que o progresso da região autónoma nas últimas décadas se deve aos executivos do PSD, partido no poder há 43 anos.
"É importantíssimo que o povo olhe para esta realidade que temos hoje e nos dê novamente a maioria para podermos governar", disse.
Miguel Albuquerque realçou que o progresso da Madeira foi feito sempre com "estabilidade, concertação e diálogo social", mas sobretudo com executivos que não estavam sujeitos ao "empecilho" de serem minoritários.
"Pensem muito bem no momento que se avizinha", advertiu, sublinhando que o que está em questão no dia 22 de setembro não são "partidos políticos nem jogo político", mas de garantir o desenvolvimento socioeconómico do arquipélago, "sem falsas promessas e sem falsos deslumbramentos".
O líder do PSD/Madeira, que é também presidente do Governo Regional e que se recandidata a um segundo mandato, vincou que "não há milagres na política", mas apenas "caminhos traçados" e "pactos de confiança" com a população.
No comício do Porto Santo intervieram também o presidente da Câmara Municipal, Idalino Vasconcelos, eleito pelo PSD, e o deputado do concelho ao parlamento regional, Bernardo Caldeira, mas foi o do líder do partido que mais cativou a atenção da assistência.
"Andam aí umas nulidades políticas que pensam que podem enganar os madeirenses e os porto-santenses, pensam que a política é um ato de exibicionismo, pensam que fazer política é andar a tirar ?selfies’ e andar a mostrar a cremalheira, isso não é política, isso é egocentrismo", afirmou, numa referência ao candidato do PS, Paulo Cafôfo.
Miguel Albuquerque considera que o povo madeirense "sabe o que quer e para onde vai". E reforçou: "Ninguém engana os madeirenses e os porto-santenses".
C/Lusa