A garantida foi dada hoje pelo vice-presidente do executivo madeirense, Pedro Calado, à margem de uma visita que efetuou a uma unidade privada de terceira idade na freguesia de São Martinho, no Funchal.
A greve prevista no setor deve arrancar na segunda-feira, por tempo indeterminado, e foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM).
Mas, “na Madeira não se aplica por várias razões”, declarou o governante insular.
Pedro Calado salientou que “o abastecimento de combustíveis à região faz-se por via marítima”.
O responsável complementou que o abastecimento é efetuado através da refinaria de Sines, que também é “abastecida via marítima” e depois é transportada para o porto do Caniçal pela mesma via.
“O transporte é feito todo por via marítima”, realçou, salientando que o que está a causar “muito constrangimento a nível nacional é o transporte terrestre dessas matérias”.
“Aqui [Madeira], como não há transporte terrestre, é só um transporte marítimo, não se põe essa questão”, vincou.
Pedro Calado mencionou que só haveria problemas se o abastecimento à refinaria de Sines fosse efetuado por via terrestre, mas como “é por via marítima, não se põe essa questão”.
O governante madeirense realçou que o transporte na região é posteriormente feito com recurso a camiões de empresas privadas, cujos funcionários ou trabalhadores muitas vezes nem são sindicalizados.
“Têm as suas condições já satisfeitas e, este ano, foi feito um protocolo com eles e foram melhoradas as suas condições”, informou, adiantando que “são pessoas que nunca puseram, nem têm qualquer problema, nem levantam qualquer questão relativamente à greve”.
Pedro Calado destacou que, “felizmente, uma vez mais, a Madeira soube estar ao lado destes trabalhadores e de todos os outros, não se ouve falar em greves na Madeira, o que é positivo”.
“Esperemos que este clima de paz social se mantenha e que no fundo não nos afete como está a afetar, infelizmente, o continente”, declarou.
Ainda apontou que “a Madeira continua a ter as suas reservas em termos de abastecimento de gás natural e combustíveis”.
“Temos reservas suficientes para três a quatro meses de funcionamento”, declarou, considerando que “muito mau seria se, neste período de tempo, a nível nacional, as coisas não fossem resolvidas”.
Pedro Calado disse ainda acreditar que “o bom senso vai imperar de ambas as partes” e estas vão chegar a um entendimento.
C/ LUSA