"Esta é uma aposta estrutural e de futuro para a rede de águas do Funchal, assente na premissa de um investimento inteligente, que levará o concelho a consumar o fundamental salto tecnológico na área das Águas", afirmou o autarca após a reunião do executivo camarário, liderado pela coligação Confiança (PS/BE/PDR/Nós, Cidadãos!).
Miguel Gouveia disse que se trata de um "investimento histórico", explicando que a primeira fase da empreitada vai decorrer numa zona piloto que abrange as freguesias de São Martinho, Santo António e São Roque, numa área que representa cerca de 40% do total da rede e onde residem cerca 43 mil pessoas.
"É desta forma, com investimentos de fundo consequentes, planeamento e opções sustentáveis que vamos preparar a cidade para as próximas décadas, e cumpriremos o objetivo de reduzir as perdas de água substanciais que sempre se verificaram no Funchal", vincou.
A Câmara do Funchal regista atualmente perdas de água potável na ordem dos 60%.
A primeira parte da instalação do sistema de telegestão para controlar derrames em tempo real tem um prazo de execução de 18 meses e é cofinanciada em 85% pelo POSEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.
"Este é o primeiro passo de uma estratégia que posteriormente queremos alargar a todo o concelho", afirmou Miguel Gouveia, sublinhando que o objetivo é "modernizar" o setor das águas, através de um "plano de investimentos certo e criterioso".
A implementação do novo sistema implica a caracterização integral da rede, de modo a definir Zonas de Monitorização e Controlo (ZMC) com distâncias médias de seis quilómetros, e a instalação de equipamento para gestão ativa de pressões.
"A extensão de rede sujeita a grandes pressões diminuirá consideravelmente dos 60% atuais, para os 10% no fim da implementação do novo sistema, o que resultará numa obrigatória diminuição das perdas e da probabilidade de roturas", explicou Miguel Gouveia.
C/LUSA