Miguel Albuquerque discursou hoje na Assembleia Legislativa da Madeira no âmbito do quarto e último debate do Estado da Região desta legislatura, durante o qual fez o balanço das várias medidas adotadas pelo seu Governo, e considerou que hoje o arquipélago é “uma região diferente e melhor”.
O governante insular realçou o novo relacionamento implementado entre o executivo e o parlamento da região, o qual “permitiu uma melhor democracia, com maior e melhor oportunidade de escrutínio da governação”, sendo frequente a presença do Governo Regional na assembleia regional e assegurou: “Nunca tive medo do debate democrático”.
“Contratamos na Saúde mais de 1.000 profissionais”, declarou, Miguel Albuquerque, referindo ainda que, na área da Saúde, o executivo “regularizou as dívidas às farmácias, normalizou o funcionamento do abastecimento de medicamentos e reforçou, nas diferentes áreas, o investimento feito”.
Também apontou que conseguiu manter um clima de diálogo e de concertação com as classes profissionais dos enfermeiros e dos técnicos de diagnóstico, “alcançando acordos de descongelamento das respetivas carreiras”.
Outro aspeto mencionado pelo governante foi “a redução da dívida pública regional em 1,5 mil milhões de euros” e a “sustentabilidade das contas públicas”, opinando ainda que “as metas propostas na Educação foram plenamente atingidas”.
Albuquerque anunciou que “em 2019 serão pagos 63,3ME em prestações sociais, um aumento de 6% face ao ano passado”, referindo que 3.000 pessoas foram apoiadas com o complemento solidário para idosos com 4ME.
Ainda mencionou que foram investidos 85 ME nos últimos quatro anos no apoio a lares, centros de dia, apoio domiciliário e prestações sociais.
“Na vertente das ligações áreas, este Governo tem desenvolvido esforços em todas as frentes para tentar alterar uma injustiça que o Governo socialista teima em manter”, vincou o chefe do executivo insular, apontando que o objetivo é “o pagamento de apenas 86 euros” nas viagens dos residentes, sendo o restante do valor da responsabilidade da República.
Mas, Miguel Albuquerque complementou que “não há maneira de ter um PS que coloque os interesses da população acima dos seus objetivos eleitoralistas”.
O responsável madeirense também enfatizou que o Governo insular do PSD “não deixará de lutar por uma ligação todo o ano por via marítima”.
No área do ambiente, mencionou o “intenso trabalho de criação de faixas corta fogo e conservação do património natural”, implementando uma “estratégia regional de poluição zero no mar”.
Rejeitando as críticas da oposição, Miguel Albuquerque afirmou que o CDS “vive uma situação de bipolaridade política” e um “problema de distúrbio de personalidade política”, porque precisa “definir o que realmente quer e para onde vai”.
Albuquerque, dirigindo-se ao líder parlamentar do PS no parlamento madeirense, Victor Freitas, falou da “fraude da política da esquerda”, apontando que esta “vive na ilusão” de atingir o poder na região há 42 anos e “está subjugada à prepotência de Lisboa”.
Um dos outros pontos suscitados neste debate foi o problema das listas de espera para cirurgias na Madeira, tendo o secretário regional Saúde, Pedro Ramos, argumentado que os “índices a nível nacional são piores”, incluindo nos IPO do continente, em comparação com os registado na região (21.000), e sublinhou que a “solução do cheque cirurgia não funciona”.
Pedro Ramos salientou ainda que o sistema implementado no arquipélago “para minimizar” a situação permitiu “recuperar 3.000 cirurgias” desde 2017.
C/Lusa