"Desde a meia-noite até às 09:30 a taxa de adesão ronda os 70%", afirmou à Lusa a sindicalista Lídia Ferreira, ressalvando que até às 09:00 "só funcionaram os serviços mínimos e que para ter um número mais fiável é necessário deixar correr o dia".
De acordo com os dados, as consultas externas estão a ser afetadas em "várias especialidades, em cerca de 50%".
Lídia Ferreira crê que durante o dia a percentagem possa aumentar.
"Tudo o que seja acima de 50% [de adesão] é satisfatório", declarou, avisando "as entidades governativas de que há uma maioria que está a chamar à atenção para situações que são necessárias repensar".
Além das reivindicações nacionais, Lídia Ferreira deixou uma preocupação específica da Região Autónoma da Madeira.
"Aqui localmente, na região, o pagamento da hora noturna das 07:00-08:00 como hora noturna – que já foi dito que tem de ser feito – ainda não está a ser cumprido. Há aqui uma série de situações que ocorrem e a que é preciso dizer basta", afirmou a representante do SIM, que tem na Madeira 177 sócios ativos.
A greve dos médicos decorre em todo o território nacional e é apoiada por duas estruturas sindicais, sendo a de hoje convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos e a de 03 de julho pela Federação Nacional dos Médicos.
A greve dos médicos iniciou-se às 00:00 de terça-feira e termina às 24:00 de quarta-feira. A paralisação dos enfermeiros decorre entre as 08:00 de terça e as 24:00 de sexta.
O Serviço de Saúde da Madeira (Sesaram) emitiu um alerta aos utentes, indicando que a greve dos médicos, marcada para os dias 02 e 03 de julho, poderá "condicionar a atividade clínica", embora estejam salvaguardados os serviços mínimos.
O Sesaram já tinha indicado, por outro lado, que a greve dos enfermeiros, que decorrerá de 02 a 05 de julho, não se aplica na Região Autónoma da Madeira.
LUSA