Foi acordada a redação final do Estatuto do Cuidador Informal entre os partidos que suportam o Governo e a votação final global deve acontecer esta semana, depois de mais de um ano de audições e negociações com o Governo.
Trata-se de uma “medida de grande alcance e de justiça social, uma vez que os cuidadores desempenham uma função nobre e o seu papel deve ser reconhecido e valorizado”, afirmou Ernesto Ferraz, porta-voz da iniciativa.
De acordo com o deputado do Bloco de Esquerda na Assembleia da República, a lei reconhece um conjunto de direitos aos cuidadores e atribui-lhes ajudas, “pois a alternativa é os pacientes serem internados em unidades hospitalares (altas problemáticas) ou lares o que sai sempre mais caro ao Estado. Além disso as pessoas ao permanecerem no seu ambiente familiar ficarão mais satisfeitas e saudáveis e a sua dignidade melhor respeitada”.
São cerca de 800.000 os cuidadores informais e cerca de 250.000 das quais se dedicam a tempo integral a cuidar de entes familiares, que “vivem numa invisibilidade sem ajudas, sem direito a descanso”.