Petit chegou no final de novembro de 2018 e acabou por cumprir a meta necessária, mas não desejada, da permanência no principal escalão, após um período inicial mal sucedido com Cláudio Braga.
Os trabalhos arrancaram com mexida no comando técnico, pois Daniel Ramos deixou a Madeira, o que levou o presidente Carlos Pereira a escolher Cláudio Braga, um nome bastante desconhecido em Portugal, mas que tinha acabado de promover o Fortuna Sittard ao primeiro escalão na Holanda.
O arranque até foi positivo, com três vitórias nas quatro primeiras jornadas, o que deixava os insulares no quinto lugar, com os mesmos nove pontos do o campeão nacional FC Porto, mas tudo iria mudar para pior.
Nas seis rondas seguintes, a equipa somou apenas um ponto e Cláudio Braga acabou por ser demitido, na ‘ressaca’ da eliminação da Taça de Portugal (derrota caseira com o Feirense, por 3-0), levando à entrada de Petit.
A mudança não trouxe resultados imediatos – quatro derrotas e um empate -, elevando para 11 os jogos sem vencer e 16 em todas as competições, o ciclo mais longo de sempre do Marítimo desde que os ‘verde rubros’ chegaram à I Liga.
A ‘seca’ acabou em 05 de janeiro, diante do Portimonense, no Funchal, por 2-1, o primeiro de três triunfos consecutivos, a melhor série da época.
No entanto, a recuperação foi anulada, já que o Marítimo perdeu os três encontros subsequentes, momento delicado que fez com que o clube tomasse a política do silêncio, deixando de haver conferências de imprensa de antevisão de Petit.
Os resultados viriam a melhorar e a estabilidade foi conseguida, sobretudo no ‘Caldeirão’ dos Barreiros, graças a cinco vitórias caseiras, que asseguraram a manutenção, deixando a equipa com 39 pontos, a um da meta traçada pela equipa (40).
No setor mais recuado do plantel, destacaram-se Zainadine, o ‘patrão’ da defesa, e o guarda-redes Charles, que assumiu a titularidade à 14.ª jornada e foi coroado com o prémio de guarda-redes do mês em março e abril.
Mais à frente no campo, o nome de Joel foi o que mais brilhou, com oito golos apontados, sete dos quais na segunda volta, apoiado pelo capitão Edgar Costa, uma peça fundamental na retoma maritimista.
Por outro lado, figuras importantes na era de Daniel Ramos como Jean Cléber, Gamboa e Ricardo Valente perderam fulgor este ano.