O anúncio foi feito pelo ministro de Comunicação e Informação venezuelano, Jorge Rodríguez, através da sua conta na rede social Twitter.
"Informamos a todo o nosso povo que nos dias quinta-feira, 25 de abril, e sexta-feira, 26 de abril, mantém-se o horário especial na rota à consolidação do Sistema Elétrico Nacional, agredido pelo terrorismo criminoso", escreveu.
Segundo o ministro, as atividades laborais vão continuar a decorrer até às 14:00 e as educativas até às 12:00.
Na terça-feira, as autoridades venezuelanas anunciaram a detenção de cinco pessoas e que 19 estão a ser procuradas sob a acusação de "ataques cibernéticos" à Central Hidroelétrica de El Guri, a principal do país.
"Sabemos com clareza quais os processos que violaram, onde se meteram, quais as mensagens (instruções) que enviaram às máquinas do Guri", disse Jorge Rodríguez numa conferência de imprensa.
Alguns dos suspeitos teriam, segundo as autoridades venezuelanas, fugido para a Colômbia, EUA e a Espanha.
Os detidos são acusados pelo Governo de causar os ‘apagões’ de 07, 08, 25, 26, 27 e 28 de março, que deixaram a Venezuela total ou parcialmente às escuras.
O anúncio das detenções tem lugar depois de, na segunda-feira, a imprensa venezuelana ter avançado que o país poderá estar à beira de um novo apagão e que o serviço poderia demorar até um mês a ser restituído.
Entretanto, as redes sociais dão conta de que vários estados do país continuam a registar problemas no abastecimento de energia elétrica.
Na Venezuela são cada vez mais frequentes e prolongadas as falhas no fornecimento de eletricidade: a 07 de março de 2019, uma falha na barragem de El Guri deixou o país às escuras durante uma semana.
Em 25 de março, verificou-se um novo apagão, que afetou pelo menos 18 dos 24 estados, incluindo Caracas, que estiveram às escuras, total ou parcialmente, pelo menos durante 72 horas.
Quatro dias depois, pelo menos 21 estados ficaram sem eletricidade durante 24 horas.
A 01 de abril, a Venezuela ativou um programa de racionamento de eletricidade que, segundo o ministro de Energia Elétrica, Igor Gavidia, "poderá prolongar-se por um ano".
Como parte do racionamento, algumas regiões têm apenas 12 horas de eletricidade ao dia.
O Governo atribuiu as falhas elétricas a atos de sabotagem, situação que, segundo a imprensa, é contestada por vários engenheiros que atribuem a situação à falta de manutenção e de investimentos no setor, sublinhando que o sistema elétrico funciona de maneira isolada e que não permite o acesso remoto.
C/ LUSA