A repressão da polícia militar, naquela cidade do Estado de Zúlia, provocou ferimentos em 30 manifestantes, entre os quais duas figuras conhecidas da oposição ao regime de Nicolás Maduro, Gregory Sanabria e Andrés Robayo, em sete estudantes.
Os manifestantes pretendiam chegar à sede da empresa estatal Corporação Elétrica Nacional (Corpoelec), em El Amparo, para reclamar pelo colapso dos serviços básicos naquele Estado petrolífero, onde, segundo a imprensa local, apenas há eletricidade entre quatro e seis horas por dia.
Durante os protestos, a GNB deteve os deputados opositores Nora Bracho e Renzo Pietro. Vários jornalistas foram agredidos e roubados pelos militares, entre eles correspondentes da TV Venezuelana e da VPI TV, segundo o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa.
O protesto junto da sede da Corpoelec, em Maracaibo, faz parte de 358 manifestações convocadas para hoje, a nível nacional, pelo autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, como parte do simulacro da Operação Liberdade, que passa por afastar o Presidente Nicolás Maduro do poder, e a realização de eleições presidenciais livres no país.
A Venezuela encontra-se mergulhada numa crise económica, social e política que se agudizou no início deste ano, quando, em 10 de janeiro, Nicolás Maduro tomou posse como Presidente da Venezuela, para cumprir um segundo mandato de seis anos, após umas eleições não reconhecidas pela oposição e pela maior parte da comunidade internacional.
No mesmo mês, o presidente do parlamento venezuelano e líder da oposição, Juan Guaidó, autoproclamou-se presidente interino do país, com a intenção de, a breve trecho, convocar "eleições livres e transparentes".
LUSA