Desde o início do apagão, em 07 de março, até ao dia de hoje, a Foro Penal contabilizou 124 prisões por protestos e mais de 200 por pilhagem, indicou o diretor daquela ONG, Alfredo Romero, em conferência de imprensa.
Segundo a Foro Penal, com estas detenções, “o número total de presos políticos no país atingiu 911”.
Alfredo Romero afirmou que a lista dos nomes dos presos foi comunicada à Alta-Comissária dos Direitos Humanos, a ex-presidente chilena Michelle Bachelet, que está atualmente em missão técnica no país.
O Estado de Anazoátegui (no nordeste do país) foi onde se registou o maior número de detenções em manifestações pacíficas, num total de 49 prisões.
O diretor da Foro Penal insistiu que se vive uma situação de anarquia em Maracaibo, a segundo cidade do país e a sua capital petrolífera, com “pilhagens generalizadas”.
Mais de 500 estabelecimentos foram pilhados naquela cidade, de acordo com organizações profissionais.
A Venezuela esteve às escuras uma semana, na sequência de uma avaria na central hidroelétrica de El Guri, a principal do país, que afetou ainda dois sistemas secundários e a linha central de transmissão.
Na segunda-feira, o Governo venezuelano suspendeu as atividades laborais e escolares por 24 horas, período entretanto renovado por mais 24 horas.
O apagão afetou as comunicações fixas e móveis, os terminais de pagamento e o acesso à internet.
C/ LUSA