Segundo um relatório concluído ontem, a responsabilidade do apagão deveu-se a uma falha nas linhas de transmissão ou nas salas geração.
No documento, a faculdade concluiu que a responsabilidade da situação pode ter sido devido a um incêndio que afetou três linhas de transmissão e que retirou a sincronia na central hidroelétrica de Guri.
Outras das possibilidades avançadas é que as turbinas da “casa de máquinas II” do complexo hidroelétrico, o mais importante da Venezuela, sofreram danos que obrigaram a um racionamento elétrico em várias regiões.
As conclusões deste relatório contradizem a versão oficial, defendida pelo Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sobre um alegado ataque cibernético à hidroelétrica de Guri atribuído aos Estados Unidos e à oposição no país sul-americano.
Para aprofundar as razões da falha de energia, Nicolás Maduro já ordenou a criação de uma comissão especial que vai responder diretamente a si e que contará com o apoio dos seus aliados da Rússia, China, Irão e Cuba.
Já a oposição, liderada por Juan Guaidó tem uma posição que coincide com os especialistas, salientando que existe uma má gestão dos recursos destinados ao setor elétrico na Venezuela.
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
C/ LUSA